Um pouco da autora e sua obra.

Vamos começar do início. Minha mãe, leitora assídua de histórias misteriosas, de paixão e de aventura, tirou o meu nome de um livro. As Brumas de Avalon. Morgana. Sacerdotisa de Avalon, meia irmã do Rei Arthur. Mulher forte e misteriosa, sabe o que quer e luta por tudo que acredita.

Morgana é um nome feminino de origem Celta, que une as palavras mor, que quer dizer “mar” e a palavra “cant, que significa círculo.  Formando então círculo de Mar, mar circulante ou aquela que está no centro do mar.

O meu nome talvez explique algumas coisas, o gosto pela leitura e escrita, o gosto pelo mar, por viajar, pela união de todas as coisas e pessoas.

Quando pequena, todos as noites, meu pai inventava e contava histórias pra mim e ao contrário de outras crianças que ouvem histórias para dormir, eu não conseguia, ao contrário, sempre interessada em ouvir mais, não queria deixar meu pai embora. (Estragava toda as golas de seus pijamas, as segurando para não permitir que saísse da beirada da cama).

Natural de Ribeirão Pires, cidade da região metropolitana de São Paulo, estudei em escola dirigida por freiras, onde a premissa sempre foi a formação de melhores seres humanos. Desde que eu consigo me lembrar, eu sempre me identifiquei com as histórias de vida de todos ao meu redor. Quando pequena, participava de tudo que envolvia artes, como desenho, dança, escrita e teatro, mas em quase todas estas atividades, o intuito principal foi sempre ajudar as pessoas, dar uma vida melhor para aqueles que necessitavam, não só com alimentos e roupas, mas também querendo levar afago, amor, carinho, amizade, informação, entretenimento. Sempre desejei um mundo mais justo e em que todos pudessem ser felizes e assim eu seria feliz também.

Havia uma comunidade carente próxima a minha casa... Fiquei sabendo que uma criança queria muito uma bicicleta...Então, no fim de semana seguinte, pintei a minha bicicleta que era rosa, de branco... Não sei se ficou muito bom, mas eu resolvi que eu tinha que ajudar essa criança e como não sabia se era menino ou menina, lá fui eu dar um jeitinho... cada detalhe, sempre foi importante. Lembro do trabalho com o pessoal da escola que fazíamos junto com os jovens de outra comunidade, levando diversão, brincadeiras e conscientização com relação a drogas e violência. Contávamos e ouvíamos muitas histórias. Eu acho que eu devia ter por volta de uns 11 anos.

Muitos anos se passaram, amigos que vieram e foram embora, paixões, amores, doenças, acidentes, encontros e separações, tantas histórias, totalmente responsáveis pela mulher que sou hoje e que para sempre ficarão em minha memória.

Sou advogada de formação e trabalhei por muitos anos na área de recursos humanos. Tantas histórias eu ouvi e me envolvi. As histórias dos outros se tornaram minhas histórias. Muitas ainda permeiam os meus sonhos em uma mistura de ficção e realidade. Eu sempre brinquei que essas histórias ainda dariam um livro...

E ao longo da vida fui descobrindo que nossa vida é composta da união de todas estas histórias e que a vida de um, por mais distante que pareça da nossa e com tantas diferenças, religiosas, sociais e culturais, sempre influenciam a nossa vida, igualmente a um círculo que nunca termina.

Depois que eu tive minha filha, que hoje está com 4 anos, comecei a observar mais de perto de como as histórias que lemos, contamos, assistimos e ouvimos, influenciam de tamanha maneira a cabecinha de nossas crianças e como são diretamente ligadas a formação de seu caráter, contribuindo com suas tomadas de decisões ao longo da sua vida futura.

Venho observando, o quanto está aumentando assustadoramente os casos de depressão e suicídio entre jovens. É claro que existem muitos motivos para isso, mas acho que o maior deles é o falso mundo criado pelas redes sociais em conjunto com o bombardeamento de notícias ruins que ouvimos todos os dias. Acredito que essa mistura de realidade negativa mesclada com um “mundo perfeito” apresentado nas redes sociais, juntada a imaturidade natural dos ainda muito jovens, acabam trazendo desesperança na própria vida e um sentimento de impotência.

Eu acompanho sempre histórias reais e não faltam exemplos de pessoas, que superaram suas dificuldades e vivem uma vida boa de ser aproveitada, mas porquê estas histórias nem sempre conseguem chegar aos jovens e influenciar seu modo de enxergar a vida? Eu não sei bem.

Acho que o nosso cérebro gosta de acreditar no sobrenatural, no inviolável, no misterioso, no super poder. E se pudéssemos encaixar isso em nossa realidade? Será que dessa forma eu conseguiria chegar mais perto de cada um, entrar em suas casas e plantar uma sementinha de esperança? Também não sei bem. Mas vou tentar.

Com o aparecimento da pandemia do novo Coronavírus, surgiu pra mim a oportunidade e a necessidade de fazer algo que pudesse ter um alcance maior, que levasse alento e entretenimento para aqueles que desejam mudança e querem acreditar em alguma coisa além do “novo normal”.

E assim surgiu a obra: 8 CÍRCULOS. Foi a forma mais fiel que encontrei de fazer as três coisas que eu mais amo: escrever, ajudar e sonhar.

A obra       

Essa obra tem como missão deixar a semana do leitor, cheia de expectativas, é a influência da ficção na vida real. As histórias contadas aqui não são reais, mas podiam ser, podiam acontecer comigo, com você, com o mundo, é uma mistura do original, do caótico, do amor, da doença, da esperança, da decepção, da traição, da dor, da política, da religião, dos milagres.

A história aqui contada é apresentada semanalmente, toda quinta feira, de forma gratuita, assim, diante dos acontecimentos reais pode ser construída essa narrativa intrigante.

O mais interessante é que nem eu, como autora, posso saber o que vai acontecer, a trama da história tem como pano de fundo a própria realidade.

Cada movimento conta

Como um jogo de xadrez, cada movimento muda o rumo da história, pois todos os dias temos uma escolha, as vezes essa escolha é somente acordar, o que comer, se vestir, se devemos estudar, ler notícias na internet ou assistir aquele bom filme. Muitas vezes é o dia que você salvará a vida de alguém da beira da morte ou até transformar o mundo em que estamos vivendo.

“Dar voz ”

Inspirada em dar voz ativa a sociedade como um todo, mostrando diversos pontos de vista, a idéia central desta obra é inspirar aqueles que não conseguem mais enxergar fora da sua própria realidade. É ajudar aqueles que estão com dificuldade a caminhar diante de dores externas e internas. A Dor do outro é sempre a nossa dor. A Esperança do outro é sempre a nossa.

8 círculos

Os círculos mostram como tudo está conectado. Família. Amigos. Desconhecidos. A natureza. Tudo gira, tudo vai e tudo volta. Porque são 8? Aí, só acompanhando a história para descobrir.

Só posso lhe desejar boa leitura e espero poder te encontrar toda semana por aqui.

 

19

Capítulos

11

Dicas