“Nós percebemos a importância de nossa voz quando somos silenciados" e "Nossos livros e canetas são as armas mais poderosas. Uma criança, um professor, um livro e uma caneta, podem mudar o mundo. Educação é a única solução."
Essa são duas de muitas frases ditas pela menina Malala, paquistanesa que sofreu um atentado a tiros, em 2012, quando voltava de ônibus da escola e que poucos acreditavam que sobreveviria.
Ela nasceu no vale do Swat no Paquistão e sendo seu pai, professor e dono de escola, cresceu entre seus corredores, se destacando sempre como uma das primeiras alunas da classe. Quando tinha dez anos, viu sua cidade ser controlada por um grupo extremista chamado Talibã. Armados, eles vigiavam o vale noite e dia, e impuseram muitas regras. Proibiram a música e dança, baniram as mulheres das ruas e determinaram que somente os meninos poderiam estudar.
Mas Malala fez das palavras a sua arma e sobrevivendo ao atentado, continuou a sua luta pela educação das mulheres, dando entrevistas e palestras pelo mundo todo, chegando inclusive ser a mais jovem vencedora do prêmio Nobel da Paz no ano de 2014.
E vencendo todas as dificuldades que lhe foram impostas, neste ano conturbado de 2020, em junho, se formou pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, estudando o curso de filosofia, política e economia.
Acho que já não posso falar de uma menina. Mas sim, da extraordinária mulher, a qual ela se tornou.
Eu estou indicando este livro esta semana, pois ele será o primeiro de uma série, onde quero demonstrar a força das mulheres. Mulheres verdadeiras, que respiram e que nos inspiram.
Esse livro que estou indicando é pequeno, possui cerca de 100 páginas, foi lançado pela Companhia das letrinhas e foi direcionado as crianças.
Eu comprei, para ler para a minha filha que ainda vai fazer 5 anos e como ele é escrito por uma repórter, Adriana Carranca, e como não poderia ser diferente, é uma história rica em detalhes, inclusive, históricos e como toda boa criança, minha filha, às vezes acabava se perdendo em meio a tantas palavras novas no vocabulário, perguntando e interrompendo muitas vezes, pois sendo muito curiosa como é, não queria deixar nenhum detalhe para trás e acabava se perdendo no enredo da história principal. Eu recomedaria essa leitura para crianças de 7 a 8 anos, ou mais, como eu de 38 aninhos...rsrs
Mas foi maravilhoso trazer este livro para dentro do nosso mundo das histórias, pois agora, minha filha já conhece quem é a Malala, já sabe o que ela fez, o que ela passou, pelo quê ela luta e o quanto a educação é importante pra todos nós.
O mais legal, é que quando falamos sobre algum tipo de preconceito aqui em casa, seja racial, social, sexo, idade, religião, ou apenas por alguém possuir algum tipo de deficência, ela me olha com a carinha mais singela do mundo e sempre me diz:
- Mas mamãe, isso existe mesmo? é verdade, verdade? ( Desse jeitinho, falando duas vezes )
- Porquê tem pessoas que fazem isso com as outras?
E eu, que tento sempre responder todas as perguntas que ela me faz, só tenho resposta para a primeira pergunta: Sim filha, infelizmente existe sim. Mas eu não sei te explicar o porquê.
Espero que ela não tente justificar essas atitutes durante sua vida, eu não tento, pois para mim não há. Penso que se os nossos pequenos crescerem enxergando um mundo que todos os seres humanos possuam inúmeras diferenças, seja em nossas realidades, como em nossas personalidades, mas que somos iguais em nossos direitos e deveres, possamos ter um mundo com mais oportunidades para todos no futuro.
Espero que gostem do livro e seus filhos também.
E até a próxima dica.